sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

GRAVIDEZ PSICOLÓGICA


      Solitária, tratava os livros como filhos, plenos de ciúmes e amor. Sentia-se parte deles, assim feito uma mãe. Um dia decidiu aventurar-se de leitora à escriba. Passou a sofrer com náuseas e azias. Nunca mais foi a mesma, cuspia papel, vomitava palavras, tocava o ventre a inflar-se na tela do computador. Jurou a si mesma que nunca mais se sentiria só!



2 comentários:

  1. Jô, amei as as palavras, são os nossos filhos que nunca nos abandonam! Beijos!

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    1. Fico feliz que tenhas gostado do miniconto, Lilian. Abraços

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