sexta-feira, 29 de agosto de 2014

SOLEDAD




Nunca gostou do nome. Superou o desgosto, inventando o apelido: Sol. Mesmo assim a vida seguia escura e solitária. Ao apresentar-se, ele insistiu no nome verdadeiro. Ela falou baixo, quase um sussurro. Ele repetiu, então, em sua orelha, o nome manso e sonoro. Nunca antes lhe parecera tão belo o próprio nome. No mesmo instante abandonou o apelido. Na manhã seguinte percebeu que nunca mais sofreria solidão. Amanheceu iluminada. 

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