segunda-feira, 18 de abril de 2016

MINILAMENTODOR


Estava ela diante da folha em branco e da vontade de gritar. Que alívio ter a literatura dentro de si! Nublado, segunda-feira, bom para matar alguns personagens...
Um dia depois do esfacelamento da democracia, palavra bonita que ela viu nascer em sua adolescência e viu esfarelar-se pelo chão imundo de Brasília em sua adultez, na data de ontem, 17 de abril de 2016.
A realidade dói tanto, nem matar personagens consegue, mas alivia a dor por aqui mesmo neste minilamentodor. 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

terça-feira, 20 de outubro de 2015

RECANTO FELIZ




      Assim dizia a placa fixada na madeira, no centro e no alto. Era o nome da casa de praia no Pinhal. O pátio grande e o verde gramado no espaço aberto para jogar bocha e cruzar a vizinhança para acesso a outra rua. Mas o mais importante da casa era a rede colorida e ampla para a menina que se balançava a inventar histórias...

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Tardes de domingo



    Meninas entre correrias e gritos em volta da pitangueira. Fala alta na cozinha e o Sílvio Santos na tevê. O bolo, os cróstolis, a torta de bolacha maria e o afago de avó na pele da memória.


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Para Lygia


Nas horas nuas releio As meninas e me desnudo. Me embriago, me entorpeço de invenção e memória. Fujo da ostra, renasço pérola. 

domingo, 9 de agosto de 2015

PAI





     Dentro do severo senhor esconde-se o sensível menino, mas só o enxergam os astutos, os capazes de atravessar as profundezas do olhar azul mar.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

BARALHO



      O neto deixava o avô ganhar no carteado, gostava de enxergar o menino a refazer-se em sorriso e em olhar. A magia das cartas: por alguns instantes tinham a mesma idade!